Uma corte em Luxemburgo rejeitou na sexta-feira pedidos de recuperação judicial, protocolados em julho, da Rioforte Investments e da Espírito Santo International (ESI). Isso significa que as duas empresas devem ser liquidadas - os ativos serão vendidos para quitar dívidas.
Sertãozinho - Com uma dívida de R$ 60 bilhões e 67 usinas em recuperação judicial, o setor sucroenergético precisaria de um novo Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e até 20 anos para ser restabelecido, na avaliação de Marcos Françóia, sócio e diretor da MBF Agribusiness.
LISBOA - Dois dos ex-controladores do Banco Espírito Santo, instituição financeira portuguesa que foi resgatada pelo governo em agosto, serão liquidadas depois de um tribunal de Luxemburgo ter negado seu pedido de concordata.
O pedido de recuperação judicial da MMX Sudeste Mineração S.A., de Eike Batista, foi distribuído ontem à 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), em Belo Horizonte, a cargo do juiz Ronaldo Claret de Moraes.
O empresário Eike Batista continua protagonista das maiores operações de mercado. Desta vez, porém, não foi para iniciar um novo capítulo de sua vida empresarial, mas para encerrar.
A Lei nº 11.101, de 2005, completará dez anos em breve. Nesse período, foram distribuídos 10.987 pedidos de recuperação judicial e de falência no Rio de Janeiro (o TJSP não disponibiliza essa informação).
A MMX Sudeste S.A., subsidiária da MMX Mineração e Metálicos, vai entrar hoje com pedido de recuperação judicial na Justiça de Minas Gerais.
São extraconcursais e, portanto, pagos primeiro, os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor após a decisão que defere o processamento da recuperação judicial. Assim entendeu a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça em julgamento desta quarta-feira (15/10).
Honorário advocatícios, sucumbenciais ou contratuais de até 150 salários mínimos (R$ 108,6 mil) têm natureza alimentar, equiparando-se às dívidas trabalhistas em casos de habilitação de créditos em processos de falência.
Empresas em crise são um filão para fundos especializados em investimentos de altíssimo risco. No Brasil, instituições financeiras como Opus, Jive, Blackwood e o banco Brasil Plural são alguns dos gestores que têm visto oportunidade em negócios provenientes de massas falidas.