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Oi testa interesse por sua operação móvel

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Companhia não está disposta a vender área celular “a qualquer custo”, ressalta fonte

 

A Oi pode se desfazer de sua operação de telefonia móvel ainda este ano, mas somente se receber uma oferta que considere vantajosa, segundo informou fonte que acompanha de perto o processo de recuperação judicial da companhia. A Oi está envolvida numa rodada de consultas ao mercado para conversar com possíveis interessados em adquirir sua operação de telefonia móvel e, assim, chegar a um valor que a companhia considere adequado para os ativos. 
“A possibilidade de venda da [operação] móvel existe, sim, mas não a qualquer custo, pois ela é uma dentre várias opções estratégicas da companhia”, frisou a fonte, que pediu para não ter seu nome revelado. 
A ênfase na diversidade de alternativas também está presente no discurso da operadora. A empresa de telecomunicações passa por um momento de melhoria no caixa, o que em tese lhe permitiria aguardar pela oferta mais vantajosa por sua operação móvel e até recorrer a outras formas de financiamento. 
Em dezembro do ano passado, a Oi comunicou a emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures com vencimento em 24 meses. A esse se valor, somou-se a quantia de US$ 1 bilhão referente à venda da participação de 25% que a Oi detinha na operadora móvel angolana Unitel. O negócio foi concretizado em janeiro deste ano. As ações foram adquiridas pela petroleira angolana Sonangol. 
Ainda assim, a empresa se movimenta para aprovar em nova assembleia geral de credores um acréscimo ao plano de recuperação judicial aprovado em dezembro de 2017. A pauta da reunião incluirá uma proposta de venda da telefonia móvel, segundo apurou o Valor. 
O pedido de realização da nova assembleia foi deferido na última sexta-feira pela Justiça. Ficou especificado que a companhia deve apresentar dentro de 180 dias - a contar a partir da publicação da decisão judicial - uma proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial original. A assembleia deverá ser realizada em um prazo de 60 dias, contados da apresentação da proposta. 
Reportagem publicada esta semana pelo diário on-line “El Español” afirma que a multinacional Telefónica trabalha há mais de cinco meses para formatar uma operação de compra do negócio de telefonia móvel da Oi. A multinacional controla no Brasil a Telefônica, dona da marca Vivo. A transação estaria perto de ser fechada, afirmou o periódico, que chegou a citar valores prováveis para a operação. 
“Essa discussão ainda não aconteceu”, afirma a fonte ouvida pelo Valor, referindo-se às cifras. Em relatório divulgado em janeiro deste ano, o banco Credit Suisse projetava que a operação móvel da Oi poderia ser vendida por um valor entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões. Ainda em janeiro, analistas do BTG Pactual trabalhavam com um valor estimado de R$ 15 bilhões a R$ 18 bilhões. 
Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Oi não quis comentar o tema. A Telefônica Vivo também preferiu não se manifestar sobre o assunto. 
Ontem, os papéis ordinários (com direito a voto) da Oi terminaram o pregão da B3 em alta de 11,25%, cotados a R$ 0,89. As ações preferenciais da operadora em recuperação judicial também se valorizaram. Nesse caso, a alta foi de 7,96% e os papéis fecharam o dia no patamar de R$ 1,22. 

 

11/03/2020
 

Autor(a)
Por Rodrigo Carro — Do Rio

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