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BTG Pactual assume 49,57% de participação na Eneva

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RIO  -  Com 49,57% de participação, o banco BTG Pactual tornou-se oficialmente o maior acionista da Eneva (antiga MPX), empresa de energia criada por Eike Batista. A mudança na composição acionária da elétrica foi confirmada nesta quinta-feira, com a homologação do aumento de capital da empresa, no valor de R$ 2,3 bilhões, pelo conselho de administração da companhia.

De acordo com comunicado da empresa enviado na noite desta quinta-feira ao mercado, com a conclusão da operação, mediante a emissão de 15,3 milhões de novas ações ordinárias, ao preço de R$ 0,15, nenhum acionista individual ou em grupo passou a concentrar mais de 50% das ações da companhia.

Antes de a empresa entrar em recuperação judicial, Eike Batista e o grupo energético alemão E.ON eram os controladores, por meio de um acordo de acionistas — que só seria quebrado caso um deles passasse a ter fatia inferior a 15%.

Agora, depois do BTG Pactual, os demais acionistas relevantes são o E.ON, cuja participação foi reduzida de 42,94% para 12,25%; o Itaú Unibanco, um dos credores da empresa, com 11,65%; e o Ice Canyon LLC, com 6,8%.

O restante, no total de 19,73%, está nas mãos de acionistas com menos de 5% de participação cada. Nesse grupo está inserido o fundador da agora Eneva, Eike Batista, que teve diluída sua participação anterior de 19,97%.

Parte fundamental do processo de recuperação judicial da Eneva, a operação permitiu a integralização de ativos no valor de R$ 1,3 bilhão, a conversão de 40% da dívida dos credores financeiros em ações da empresa, que representou um aporte de cerca de R$ 983 milhões — o que, somado à redução de 20% do valor de créditos de cada credor em montantes superiores a R$ 250 mil, resultou na redução da dívida da holding de R$ 2,4 bilhões para uma dívida de longo prazo de cerca de R$ 1 bilhão.

O aporte de ativos possibilitou ainda que a companhia passasse a deter 100% de participação na BPMB Parnaíba e na Eneva Participações, e aumentasse sua presença na Parnaíba Gás Natural, de 18% para 27,3%. A Eneva também passou a controlar 100% das termelétricas Parnaíba I, III e IV.

Em nota, o presidente-executivo da Eneva, Alexandre Americano, afirmou que “a homologação do aumento de capital representa a etapa final do plano de recuperação judicial, que foi integralmente implementado”.

Ainda na reunião desta quinta-feira do conselho, foi aprovado que as térmicas Itaqui e Pecém II firmem contrato de fornecimento de carvão com a E.ON Global Commodities para o suprimento do energético durante o ano de 2016.

Autor(a)
Rodrigo Polito

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