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Inadimplência leva bancos a aumentar provisões

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Em julho, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, 175 pedidos de recuperação judicial foram requeridos, mais 4,2% em relação a junho e 29,6% em relação a julho de 2015, quando houve 135 pedidos. Entre janeiro e julho houve 1.098 pedidos de recuperação judicial, 75,1% mais do que em igual período de 2015 e 130% mais do que no mesmo período de 2014. Os resultados são os piores para um mês de julho desde a entrada em vigor da nova Lei de Falências e podem estimular maior retração do crédito, com prejuízos para a retomada econômica. 

18 Agosto 2016 | 03h13

Os bancos já vêm atuando com grande cautela. Em vez de oferecer mais empréstimos, ampliam as provisões para devedores duvidosos, como mostrou reportagem do Estado. Entre o primeiro trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016, os quatro maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Caixa Econômica Federal) elevaram essas provisões em R$ 54 bilhões, de R$ 90 bilhões para R$ 144 bilhões.

São números expressivos, equivalentes ao total de concessões de crédito livre dos bancos às pessoas físicas, em junho, conforme os últimos indicadores do Banco Central.

O valor das provisões das quatro instituições, em junho, oscilou entre R$ 31,8 bilhões, no Bradesco, e R$ 38,5 bilhões, no Itaú, mas o maior aumento porcentual ocorreu no Banco do Brasil, que saiu de R$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 37 bilhões no trimestre passado. No Banco do Brasil, o grosso do aumento (quase 60%) foi registrado entre os segundos trimestres de 2015 e 2016. 

Grandes empresas financiadas por bancos públicos nos governos petistas, como Sete Brasil, Oi, Odebrecht Agroindustrial e Estaleiro Rio Grande, enfrentam dificuldades financeiras ou estão em recuperação judicial, impondo a bancos o aumento de provisões. Mas o problema é maior. Micro e pequenas empresas lideram os pedidos de recuperação. E pessoas físicas que perderam emprego e renda ou se endividaram no cheque especial e no cartão de crédito não conseguem honrar as dívidas.

O volume de provisões reflete um momento difícil e atinge mais aqueles que procuram crédito e não encontram. Os bancos lucram menos, mas continuam atraindo investidores, como evidenciam os aumentos dos valores de mercado de suas ações, muito superiores, neste ano, aos dos grandes bancos dos Estados Unidos e da América Latina, segundo a Consultoria Economática.

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