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Em nota conjunta, Emílio e Marcelo Odebrecht prometem 'preservar' empresa

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Em um comunicado conjunto enviado a funcionários nesta terça-feira, Emílio e Marcelo Odebrecht afirmaram que, "apesar das especulações" têm o objetivo comum de preservar e fortalecer as empresas do grupo. A nota foi vista como um sinal ao mercado e aos colaboradores de reaproximação de pai e filho. Emílio e Marcelo romperam há cerca de dois anos, desde as negociações da delação premiada dos executivos da companhia.

"A Odebrecht e Marcelo Bahia Odebrecht, na condição de acionista, vêm conjuntamente a público reafirmar que, ao contrário de especulações, têm como objetivo comum a preservação e o fortalecimento das empresas do Grupo Odebrecht", diz o início do texto.

Depois de sinalizar o armistício entre Emílio e Marcelo, a nota afirma que "a Odebrecht está empenhada em sua reestruturação empresarial e de governança para honrar os seus compromissos e voltar a crescer". Ainda de acordo com o comunicado, Marcelo tem se dedicado à família e às "obrigações de seu acordo de colaboração com a Justiça".

Este trecho da nota foi interpretado como uma resposta a notícias recentes de que Marcelo estaria fazendo ataques a executivos do grupo. Em março, segundo noticiou o jornal "Valor Econômico", Marcelo enviou email a aliados que ainda trabalham na empresa criticando a manutenção de alguns nomes em cargos de chefia.

Marcelo é acionista do grupo, mas está impedido pela Justiça de assumir posição de controle na empresa em função de seu acordo de delação premiada com a Lava-Jato.

Atualmente, Emílio é o presidente do conselho de administração da empresa — cargo que deve deixar em abril.

A Odebrecht deve escolher, neste mês, novos conselheiros e um novo presidente.

O comunicado conjunto é distribuído em um momento tido como de retomada do crescimento da Odebrecht após o baque da Lava-Jato. Recentemente, a empresa ganhou licitação para reformar a usina termelétrica de Furnas, no Rio, a primeira obra pública desde o início das investigações. A contrutora ainda está disputando uma licitação bilionária para construir uma hidrelétrica na Tanzânia.

Após assinar acordos de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (Doj), a companhia aguarda a assinatura do acordo de leniência com Advocacia Geral da União (AGU) e Controladoria Geral da União (CGU) para que a empresa de óleo e gás, Ocyan, não seja incluída na lista de impedidas de contratar com a Petrobras.

 

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