logotipo TMA Brasil
logotipo TMA Brasil
lupa

Votação sobre plano de recuperação judicial da OAS é adiado

Capa

Sem acordo com os credores internacionais, a empreiteira OAS adiou novamente a votação de seu plano de recuperação judicial. A suspensão foi aprovada nesta terça-feira (29) por quase todos os credores presentes na assembleia. Foi a segunda tentativa de apreciar o plano. A decisão ficará agora para o dia 14 de outubro.

Alvo de denúncias de corrupção na Operação Lava Jato, a OAS pediu proteção da Justiça em março. Precisa agora que a maior parte credores aprove sua reestruturação financeira ou irá à falência.

O principal impasse é o valor pelo qual a fatia de 24,4% que a OAS possui na Invepar será oferecida. As ações na companhia, dona de concessões como a do aeroporto de Guarulhos, são o que a OAS tem de mais valioso à venda.

Os credores estrangeiros, que respondem pela maior parte da dívida, exigem que o lance mínimo pela fatia na companhia de concessões seja de R$ 2,2 bilhões. A canadense Brookfield, que tem interesse em arrematar a participação, quer reduzir o valor.

A empreiteira acumula dívidas de mais de R$ 10 bilhões (a alta do dólar tem feito o valor em reais subir), e os credores já sabem que não receberão a maior parte.

O corte na dívida pode ficar em 70%, segundo apurou a Folha. Mas os credores ainda tentam aumentar o percentual de recuperação ao negociar um valor melhor para a Invepar. As negociações entre representantes de fundos estrangeiros, OAS e Brookfield ocorreram até a noite desta terça.

A Brookfield aceitou dar um empréstimo de R$ 800 milhões à OAS. Em troca, recebeu as ações da Invepar como garantia e o direito a cobrir ofertas que venham a ser feitas pela companhia.

PLANO

Mesmo sem votação, um novo plano foi apresentado aos credores. O documento prevê a troca dos créditos por novos papéis da dívida da OAS, que serão emitidos, em reais e em dólares, já com o desconto final acertado com os credores.

Na proposta atual, eles somam R$ 2,8 bilhões. Ela ainda deve ser modificada.

Os prazos de pagamento variam de dez a 25 anos. Há carência de cinco anos para o início das amortizações.

Conforme a empresa for vendendo seus ativos, essas novas dívidas serão quitadas.

O valor será usado também para honrar os compromissos o fluxo de caixa da companhia. No comando da OAS, seguirá o atual controlador, o baiano César Mata Pires. 

Autor(a)
RENATA AGOSTINI

Newsletter

Tags

# (1)
#CPR (1)
Case (2)
Coesa (1)
crise (2)
CVC (1)
EUA (1)
Light (6)
MEI (1)
OAS (1)
Outros (27)
Paper (2)
STJ (2)
TJ-SP (1)
TMA (1)
Varejo (2)
Chat on WhatsApp