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Em busca do dinheiro do exterior

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Com queda do lucro, empresa da família Maluf corta custos e procura parceiros estrangeiros

Nos dois anos que se passaram desde que saiu de um processo de recuperação judicial, a Eucatex nadou de braçada no mercado nacional de construção civil e de móveis. Em 2009 e 2010, por exemplo, o valor de mercado da fabricante paulista de painéis, chapas, pisos, tintas, vernizes e divisórias teve alta de 73% e 49%, respectivamente. Mas os bons tempos podem estar sendo trocados por um cenário mais turbulento.

Nos nove primeiros meses de 2011, a companhia da família do deputado Paulo Maluf registrou receita líquida de R$ 666 milhões e lucro líquido de R$ 50 milhões. Embora isso signifique uma receita 15% maior em relação a 2010, o lucro recuou 49%, resultado da desvalorização do câmbio e dos custos maiores na fabricação.A saída encontrada pelo presidente da Eucatex, Flávio Maluf - que ao lado do pai está envolvido em denúncias de desvio e lavagem de dinheiro público - foi buscar lá fora a saída para os altos e baixos do Brasil.

A Eucatex negocia parcerias com empresas estrangeiras para ampliar seu portfólio. “É um negócio que traz possibilidades enormes para ambos os lados”, diz Maluf, primogênito do deputado. “Entramos rapidamente em nichos dos quais não participávamos.” A primeira parceria da Eucatex é com a japonesa Tajima, para a importação de pisos de vinil. Será um segmento novo para a Eucatex, que até agora só atuava com pisos laminados. Empresa familiar com base em Tóquio, a Tajima tem cinco fábricas no Japão. “Caso haja demanda, poderemos fabricar o piso por aqui”, afirma Maluf. Novas parcerias devem ser anunciadas em breve. Embora não confirme nomes, Maluf diz que portas e acabamentos são os alvos em mira. 

Simultaneamente à busca de parceiros no Exterior, a Eucatex quer aumentar suas exportações como alternativa à queda de vendas no mercado interno. Os mercados eleitos para a expansão incluem Canadá, México, Emirados Árabes Unidos e Rússia, além de países africanos. Para não espremer ainda mais a rentabilidade, a ordem é cortar custos. Os investimentos vão ser 40% menores em 2012 do que os R$ 50 milhões deste ano. A nova fábrica, em Ribeirão (PE), segue fora dos cortes. Com entrada em operação no segundo trimestre de 2012, a unidade vai se somar às três já instaladas nas cidades paulistas de Botucatu e Salto. Maluf, no entanto, não descarta descontinuar algumas linhas de produtos.
 

Autor: MArcelo Cabral 

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br (09/12/2011)

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