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Priner fecha compra de Smartcoat e mira IPO

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Depois de pagar a última parcela referente à aquisição da divisão de serviços industriais da Mills, a Priner, que atua em montagem e manutenção industrial, concluiu no último mês a aquisição da Smartcoat, especializada em pintura no segmento offshore, e se prepara agora para o lançamento como companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em setembro. O plano da empresa é fazer uma oferta pública inicial (IPO na sigla em inglês) no fim do próximo ano, após concluir a integração das atividades com a Smartcoat.

"Planejamos fazer o IPO no fim do ano que vem. Neste período [até o fim de 2018], vamos fazer a integração das duas companhias" diz o presidente da Priner, Tulio Cintra, explicando que os recursos do IPO serão utilizados para quitar dívidas, investir em equipamentos e adquirir mais uma empresa no setor de manutenção industrial.

A cifra relativa à aquisição da Smartcoat não pode ser revelada, mas foi considerado um valor de quatro vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa nos últimos 12 meses. O negócio envolveu a aquisição de 75% do capital da Smartcoat. Os 25% restantes permanecerão com os antigos donos da empresa. A Priner pode exercer cláusula de compra da fatia restante em dois anos ou se houver algum evento de liquidez, como o IPO.

Controlada pela Leblon Equities, a Priner nasceu da aquisição da unidade de serviços industriais da Mills (Mills SI) em 2013. A avaliação da gestora na época era de que havia espaço para ganho de eficiência e melhoria de rentabilidade na operação da empresa.

A tese foi comprovada pelos resultados da companhia. Segundo Cintra, a receita da empresa subiu de R$ 115 milhões para os R$ 210 milhões estimados para 2017. A Priner já quitou a dívida da aquisição com a Mills Estruturas e Serviços de Engenharia e já distribuiu R$ 15 milhões em dividendos.

O Ebitda alcançado em 2016, de R$ 25 milhões, deve recuar para cerca de R$ 15 milhões neste ano, devido ao nível de lançamentos de perdas para devedores duvidosos (PDD), relativo a clientes da empresa que pediram ou estão em vias de ingressar em recuperação judicial. Nada que abale a empresa, que calcula uma receita combinada de R$ 315 milhões, considerando a Smartcoat, e um total de 2,8 mil funcionários (sendo 2 mil da Priner e 800 da Smartcoat).

Segundo Cintra, a aquisição da Smartcoat aumentará o potencial de negócios da Priner no setor de óleo e gás offshore. "Apostamos muito no pré-sal. Novos 'players' vão vir. A intensidade da demanda vai aumentar". Nesse segmento, o plano da empresa é reduzir a dependência de licitações da Petrobras e ampliar a aposta no relacionamento com clientes privados.

Sobre o IPO, a estratégia é listar a Priner no "Bovespa Mais", segmento de acesso da B3 para empresas de menor porte. Cintra disse que um benefício dessa modalidade é que o investidor pessoa física não paga imposto de renda sobre ganho de capital. E o BNDESPar, braço de participações do BNDES, pode adquirir parte das ações.

Segundo Cintra, ainda não está definido qual percentual da empresa poderá ser oferecido ao mercado, mas a expectativa é que essa fatia seja de 30% a 40%.

 

17/08/2017

Autor(a)
Rodrigo Polito

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