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Lorenz tenta leiloar suas quatro fábricas no Sul

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Passados 14 anos da decretação de sua falência, a fabricante catarinense de alimentos e adesivos Cia. Lorenz tenta vender seus ativos para quitar parte dos débitos. As quatro unidades de produção da companhia, avaliadas em R$ 63,3 milhões, vão a leilão pela quinta vez, em 4 de setembro. A empresa deve R$ 96 milhões ao Fisco, seu maior credor.

As fábricas da Lorenz ficam em Indaial (SC), Cianorte (PR), Quatro Pontes (PR) e Umuarama (PR). A companhia faliu em 2000, mas, com aval da Justiça, continua funcionando até hoje e emprega cerca de 230 funcionários.

As fábricas serão leiloadas com todos os bens, incluindo estoque e maquinário. O comprador se compromete a manter empregos e salários dos funcionários atuais por seis meses.

O faturamento anual da Lorenz gira em torno de R$ 60 milhões. O administrador judicial da empresa falida, Arany Gustavo de Brito Lauth, diz que vê oportunidade para que o novo dono aumente o faturamento da empresa em 40% a 50% no curto prazo. Segundo ele, todas as despesas "estão rigorosamente em dia", e o novo dono não teria dívidas a quitar.

Não houve proposta em nenhum dos leilões anteriores. Segundo Lauth, o Banco Fator chegou a mostrar interesse pelo negócio, mas não fez oferta.

O leilão ocorre em Indaial, município catarinense na região do Vale do Itajaí, mas os interessados podem se cadastrar por meio do site Superbid. O candidato precisa apresentar uma proposta de pelo menos 70% do valor da avaliação, para pagamento à vista, ou 80% do, para pagamento parcelado.

A Lorenz foi fundada em 1916, por Hans e Fritz Lorenz, netos do alemão Fritz Müller, estudioso da botânica brasileira. A empresa informou que foi a primeira a processar fécula de mandioca, matéria-prima para diversos produtos alimentícios. Além de amidos, a companhia fabrica hoje produtos para consumo, como molhos, condimentos, temperos e conservas, além de adesivos. A Lorenz vende em todo o Brasil e exporta para a Europa.

Em outubro do ano passado, um funcionário morreu e outro ficou ferido numa máquina de moagem de mandioca na unidade da companhia de Umuarama.

Autor(a)
Adriana Meyge

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