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Liquidação voluntária da Cotrijui é aprovada

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Decisão foi tomada em assembleia realizada neste sábado e tem como objetivo evitar leilão de bens da cooperativa

Em assembleia realizada nesse sábado no município de Chiapetta, os associados da Cooperativa Regional Tritícola Serrana (Cotrijui) decidiram pela aprovação da liquidação voluntária. Com a moratória decretada será possível suspender execuções judiciais envolvendo a cooperativa. Na ocasião, também foi aprovado o nome de Vanderlei Ribeiro Fragoso, o atual presidente, como o liquidante da cooperativa. Presente em 42 municípios gaúchos, com um quadro associativo de 19,2 mil pessoas e patrimônio avaliado em R$ 2 bilhões, a entidade tem dívidas estimadas em R$ 1,2 bilhão. Entre os credores, estão bancos públicos, privados e multinacionais.

Com as decisões embasadas pelo voto da maioria, a Cotrijui se articula, nesta segunda-feira, para evitar o leilão da sua unidade de armazenamento de grãos em Chiapetta, que é avaliada em R$ 11,6 milhões. O certame, programado pela Justiça Federal, incialmente estava marcado para quarta-feira. A realização do leilão tem como fruto uma dívida contraída em 1991, na qual a propriedade estava como garantia.

O advogado da cooperativa, Claudio Lamachia, irá protocolar, no Rio de Janeiro, um requerimento pedindo a suspensão da execução. Paralelamente, os responsáveis pela defesa encaminharão, em Santo Ângelo, uma carta precatória. “O fundamento que estamos utilizando (para evitar o leilão) é a aprovação da liquidação voluntária. O principal problema que temos agora são os prazos exíguos”, destaca.

Lamachia explica que a declaração de moratória não significa o encerramento das atividades da Cotrijui. “A liquidação voluntária é um remédio jurídico. A cooperativa vai continuar existindo”, ressalta. O advogado diz que a decisão é equivalente à recuperação judicial, estratégia utilizada por empresas privadas nos momentos de dificuldades financeiras.

Na semana passada, em entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente da Cotrijui lembrou que a liquidação voluntária daria mais folego à entidade para encontrar a melhor maneira de quitar suas dívidas. “O associado nos dará prazo de um ano, prorrogável para mais outro, para elaborar um projeto e apresentá-lo aos credores”, lembrou Vanderlei Ribeiro Fragoso.

O dirigente, que assumiu a presidência há aproximadamente um ano, destacou que as dívidas foram se acumulando ao longo das últimas décadas. “Apuramos que os balanços contábeis não espelhavam a realidade da dívida financeira que nos foi passada, tivemos que fazer um longo plano de reestruturação para buscar o equilíbrio e sanar as dívidas, primeiramente com os próprios associados”, afirmou.

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